A Vigilância Ambiental em Saúde, órgão da Secretaria da Saúde do Rio Grande, alerta a população sobre as ocorrências de atendimento por mordeduras de morcegos (quirópteros), durante este mês. Na Primavera e no Verão, se intensificam as ocorrências de morcegos em residências e em locais públicos, devido ao período de reprodução, explica a coordenadora do órgão, Márcia Pons.
Neste mês, a Vigilância Ambiental registrou três acidentes por mordedura e arranhadura. “Por esse motivo é importante ressaltar que não devemos tocar ou tentar pegar um morcego, mesmo que esteja caído ou machucado”, recomenda a coordenadora.
Já em setembro, a Vigilância Ambiental recebeu o resultado com análise positiva para um morcego transmissor do vírus da Raiva. No ano, foram recolhidos e enviados para análise do vírus da Raiva 45 morcegos e desses um foi positivo e os outros negativo.
Prevenção
Por conta desse cenário, a Vigilância está recomendando que sejam adotadas algumas medidas de prevenção, como por exemplo: utilização de telas em portas e janelas e, em caso de não possuir telas em suas aberturas, mantenha-as fechadas no período do entardecer ao amanhecer, afastando o risco de acidentes com acesso desses animais ao interior de suas residências. Caso seja encontrado algum morcego caído na rua ou dentro de sua casa, a pessoa não deve pegá-lo, mas, sim, entrar em contato com a Vigilância Ambiental em Saúde para que seja recolhido, enviado para análise e posterior identificação se é portador ou não do vírus da Raiva.
Em caso de contato, onde haja arranhadura ou mordedura, a pessoa deve procurar, imediatamente, atendimento médico, onde será preenchida uma notificação de acidente que será encaminhada para a Vigilância Epidemiológica para as providências cabíveis.
Outro alerta da Vigilância é para os cães e gatos: eles devem ser vacinados, anualmente, contra a Raiva. Se estes animais entrarem em contato com quirópteros (morcegos), devem ser conduzidos, rapidamente, a um clínico veterinário de sua confiança para serem avaliados e orientados sobre as medidas protocolares, ou seja, conduta específica para estes casos. Além do risco de contrair a Raiva, existe o perigo de contaminação por Histoplasmose (infecção causada por fungos, geralmente adquirida pela inalação de partículas infectantes do fungo decorrente do manuseio com as fezes do morcego). Portanto, ao limpá-las, “recomendamos que os dejetos sejam umedecidos, que se utilizem luvas e máscaras para sua proteção”.
Contato
A Vigilância Ambiental reforça a importância de não tocar em morcegos, a fim de evitar risco de acidentes. Para mais esclarecimentos, a Vigilância Ambiental em Saúde atende pelo e-mail vigiambsaude@riogrande.rs.gov.br e pelo telefone (53) 3233-7289, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.