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Nortense foi escolhida a cientista do ano de 2023 e recebe prêmio internacional

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“Aos jovens, eu diria que estudem muito e que procurem uma área que se apaixonem. O que importa é o comprometimento e o amor à profissão. O restante é consequência. Nunca trabalhei para ganhar prêmios, trabalho porque amo o que faço”. 

Nortense foi escolhida a cientista do ano de 2023 e recebe prêmio internacional 

A ilustre nortense, Ângela Terezinha de Souza Wyse, é professora da UFRGS e especialista em fatores de risco para doenças cerebrais e cardíacas. Nascida do interior de São José do Norte, atua como professora da universidade há 25 anos e tem a formação em Bioquímica. Hoje, entre os diversos destaques recebidos em razão do seu trabalho, foi escolhida, pela segunda vez, a cientista do ano de 2023, honraria já recebida no ano de 2020.   

Quanto ao prêmio, a nortense disse que “é uma honra recebê-lo, pois ele representa a ciência brasileira”. “Fazemos ciência para melhorar a qualidade de vida das pessoas e, por isso, a ciência é tão importante. Ela está ligada à saúde, educação, ambiente e à economia. Os países mais desenvolvidos investem muito em ciência porque sabem que ela é fundamental para o desenvolvimento do país”, completou a premiada pesquisadora. 

A cientista estuda os danos no cérebro e no coração causados pela homocisteína, uma substância produzida pelo organismo durante o processamento de alimentos de origem animal e a pesquisa apontou que uma dieta desequilibrada, com muita ingestão de proteína, ajuda a causar doenças como Alzheimer e Parkinson, por exemplo, motivo que a levou ao reconhecimento em 2023. 

“Minha contribuição para a ciência é desvendar os mecanismos de memória e a complexidade cerebral, bem como identificar marcadores de doenças neurodegenerativas como, por exemplo, Alzheimer”, falou Ângela que, de forma mais precisa, explicou o seu trabalho na área científica. 

O prêmio é promovido pelo International Achievements Research Center (IARC) e a honraria será entregue em maio, em Montreal, no Canadá. A distinção destaca trabalhos em diversas áreas da ciência e a pesquisadora nortense foi reconhecida na área de neurociência e bioquímica. 

Ângela Wyse tem diversos reconhecimentos na carreira de pesquisadora. Em 2014, foi uma das ganhadoras do Prêmio Capes-Elsevier para brasileiras em destaque na área de pesquisa e educação. Em 2018, ganhou o prêmio Pesquisador Gaúcho como Pesquisador Destaque na área das ciências biológicas, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul. Foi eleita Cientista do Ano de 2020 e de 2023 pelo International Achievements Research Center, de Chicago (EUA). 

A pesquisadora é membro titular na Academia Brasileira de Ciências (imortal na ABC) e na Academia Mundial de Ciências (TWAS) nas área médica e ciência da saúde. “Estes são os títulos mais importantes de minha carreira. É a imortalidade brasileira e mundial na ciência”, diz, emocionada a cientista. 

A nortense explica que tem um “carinho muito grande por São José do Norte”, onde nasceu e viveu uma parte da sua infância. Também por Rio Grande, “onde sempre estudei e me tornei o que eu sou. Sou muito determinada, estudiosa e focada. Sempre fui. Amo o que eu faço, mas também amo viajar e viver. Quem ama o que faz, vive feliz!”, conta Ângela. 

A ilustre professora e pesquisadora mundialmente premiada deixa uma mensagem as pessoas, principalmente aos jovens: “Aos jovens, eu diria que estudem muito e que procurem uma área que se apaixonem. O que importa é o comprometimento e o amor à profissão. O restante é consequência. Nunca trabalhei para ganhar prêmios, trabalho porque amo o que faço. A ciência é muito criativa e apaixonante. Temos que ter a determinação e a garra de um atleta e a soma de um poeta.” 

Foto: Dudu Leal

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