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GERAL MANCHETE

Bolsonaro e militares são alvo de investigação da Polícia Federal

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Medidas foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes 

A Operação Tempus Veritatis tem, como alvo, diversos militares que integraram o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal (PF), a operação investiga a existência de suposta organização criminosa que teria atuado numa tentativa de golpe de Estado. 

Entre os investigados estão o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil general Walter Souza Braga Netto e o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. 

Diante da notícia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar que o rigor da lei seja aplicado contra aqueles que atacaram a democracia, ao financiar os acampamentos que culminaram na tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2022. 

As medidas judiciais foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Entre elas está a de apreender o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

A operação é deflagrada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro o tenente-coronel Mauro Cid ter fechado acordo de colaboração premiada com investigadores da PF. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e já recebeu a homologação do STF. 

Por meio de redes sociais, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, disse que “em cumprimento às decisões de hoje, o presidente Jair Bolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes. Já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão e que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados”, postou Wajngarten. 

Segundo a investigação, entre os alvos da operação estão: 

– o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira; 

– ex-ministro da Casa Civil e da Defesa general Walter Souza Braga Netto; 

– ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; 

– major da reserva Ângelo Martins Denicoli; 

– coronel reformado do Exército Aílton Gonçalves Moraes Barros; 

– coronel Guilherme Marques Almeida; 

– tenente-coronel Hélio Ferreira Lima; 

– tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros 

– ex-comandante-geral da Marinha almirante Almir Garnier Santos; 

– general Mário Fernandes; 

– ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira; 

– general de Brigada reformado Laércio Vergílio; 

– Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho; 

– ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; 

– presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. 

Há mandados de prisão contra: 

– o ex-assessor especial de Bolsonaro Felipe Martins 

– coronel Bernardo Romão Correa Neto 

– coronel da reserva Marcelo Costa Câmara 

– major Rafael Martins de Oliveira. 

O advogado de Filipe Martins, João Vinícius Manssur, informou que, até o momento, não teve acesso à decisão que fundamentou as medidas, mas que já solicitou o acesso integral aos autos para estudo e posterior manifestação. 

A defesa de Anderson Torres informou que não teve acesso aos autos do processo e que só se manifestará após “análise mais apurada da situação”. 

O Centro de Comunicação Social do Exército informou que “o Exército Brasileiro acompanha a operação deflagrada pela polícia Federal na manhã desta quinta-feira”, e que está “prestando todas as informações necessárias às investigações conduzidas por aquele órgão”. 

As medidas judiciais estão sendo cumpridas nos seguintes estados: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados. 

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