O prefeito Fábio Branco enviou, na quarta-feira (12), um ofício ao Governo Federal solicitando respostas a respeito do pagamento do Auxílio Reconstrução, que contempla com R$ 5,1 mil as famílias desalojadas ou desabrigadas em função das enchentes no RS. No documento o município questiona sobre os critérios para análise e também sobre os prazos para o pagamento, já que muitas famílias têm aguardado pelo depósito desde o final do mês de maio, sem terem recebido novas informações por parte do Governo Federal.
Conforme expresso no documento, já encaminhado para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), grande parte das pessoas cadastradas no primeiro dia disponível para inscrição, 27 de maio, ainda constam como “em análise” no sistema quando acessado de modo particular, e “aguardando processamento” quando visualizado no sistema disponível para a Prefeitura. Nessa data, mais de 20 mil inscrições foram feitas pela Prefeitura.
Por isso, o município apresentou questionamentos sobre os critérios de análise e os prazos máximos para apreciação. Também indagou o motivo de famílias cadastradas no primeiro dia ainda estarem em análise, enquanto outras, inscritas posteriormente, já tiveram o recurso aprovado.
Até o envio do ofício, o município já havia cadastrado cerca 36.700 famílias, dados todos já enviados ao Governo. Destas, 8306 já tiveram acesso aos valores, pouco mais de 22% do total. Com isso, mais de R$42 milhões já estão entrando em movimentação na economia local, reforçando os setores de comércio e serviço no município.
Para viabilizar a liberação dos recursos para as famílias atingidas, a Prefeitura organizou um mutirão de atendimento, ampliando espaços e número de atendentes para possibilitar um cadastramento de forma célere. De acordo com o prefeito Fábio Branco, Rio Grande foi um dos municípios gaúchos que mais inscreveu famílias no primeiro dia do programa.
“Nós fizemos parcerias para fazer os cadastros o mais rápido possível e vamos continuar trabalhando. No ofício estamos solicitando informações ao Governo Federal sobre a demora da liberação desse recurso e sobre alguns terem sido liberados antes de outros. Vamos continuar cobrando, porque é muito importante que as pessoas possam receber esse recurso o quanto antes, isso vai ser muito importante na retomada da vida das pessoas”, afirmou.
Foto: Maria Clara Goulart/PMRG